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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Diário de bordo - Grêmio 1 x 0 Goiás

Domingo, 01.12.13, saímos de Encantado as 15 horas com o Falcão Negro lotado (Canário Belga estava no departamento médico) para o último jogo de 2013 na Arena.

A viagem seguia tranquila, porém animada, com os tripulantes desfrutando do luxo da nova nave, que podia não ter a historia e alma do velho Canário mas superava muito no quesito conforto. Algo como Olímpico/Arena.

Em Canoas paramos para pegar a pequena Karine. Karine é uma menina que nasceu com paralisia cerebral e tinha o sonho de conhecer a nova casa gremista. Nós, como voluntários do Instituto Desejo Azul http://www.desejoazul.org/ , tínhamos a tarefa de realizar esse desejo. Além disso, fizemos uma doação do dinheiro que sobrou das praticamente vinte viagens feitas durante o ano. Não foi muita coisa mas com certeza o pessoal do Instituto, liderados pela grande figura do Eduardo Caminha, fará bom uso. Todos que participaram de ao menos uma excursão acabaram contribuindo e por isso podem também se sentir responsáveis.

Chegamos na Arena as 17:30. Eu, Karine e Cinara (Mãe da Karine) fomos ao encontro do Marcelão, nosso correspondente em Porto Alegre que tinha a missão de, durante a semana, pegar as entradas para as novas tripulantes do Falcão. Tickets na mão e então entramos.

O JOGO:

Uma vitoria contra o Goiás, do "embaconzado" atacante Walter, poderia nos garantir na Libertadores 2014.

O Grêmio até começou bem, pressionava e criava oportunidades. Barcos matou no peito e entrou cara a cara com Renan Kidiaba, mas o goleiro, mestre em praticar o autobullyng, defendeu.

Parecia ser mais uma tarde terrível do nosso centroavante, no entanto, não muito tempo depois, após grande jogada do "increscível" Ramiro, o Pirata finalmente desencantou e abriu o placar.

A essa altura Karine já havia terminado sua pipoca e já estava no picolé. O gol fez com que a alegria fosse tanta que ela acabou deixando-o cair. No problem, o importante era que o Grêmio estava vencendo em sua primeira ida à Arena.

1 x 0 no placar e o jogo ficou mais feio que bater na mãe. Com isso, só restava à Karine estraçalhar um cachorro quente e apreciar a beleza da nova casa gremista.

Sem maiores emoções, a partida terminou mesmo com vitoria tricolor pelo placar mínimo. O resultado nos garantiu na Libertadores 2014, exatamente como aconteceu em 2013. Por coerência, eu esperava ouvir da torcida um coro de "fica Renato", mas acabou não acontecendo.

Bem ou mal, o fato é que Portaluppi nos colocou novamente na copa, com um ataque que, juntos, fizeram o mesmo número de gols que o "calórico" atacante do Goiás, ou seja, não existe esquema tático que melhoraria desempenho tão ruim, o problema é mesmo a má fase dos atacantes e olha que não considero o Barcos esse câncer que está sendo, inclusive sou a favor da sua permanência já que a probabilidade dele sair do Grêmio e empilhar gols, principalmente contra a gente, não é pequena. Mas isso é somente minha opinião.

Alegres com os três pontos e principalmente com a possibilidade de brigarmos pelo tri da América, voltamos para o Falcão Negro.

Durante o trajeto de retorno paramos para deixar a Karine e sua mãe. Nos despedimos e tivemos a certeza de que experiências deste tipo é algo que todas as pessoas deveriam ter, principalmente aquelas que dão excessivo valor a futilidades, afinal, crianças como a Karine nos colocam no nosso devido lugar.

Continuamos então a viagem. Fizemos uma parada para reabastecimento do isopor, o que resultou em um princípio de batalha entre as facções, pra não perder o costume. Porém, felizmente, tudo foi resolvido com um discurso emocionado do Valandro, líder da facção Kalena, e um abraço em seu maior rival, Seu Ernani, líder da facção Raio X, selando a paz na última excursão de 2013.

Agora é trocar os pneus e fazer uma revisão porque em 2014 o Canário Belga voltará com tudo, na Libertadores, em busca do tri.

Encantado presente I.

Encantado presente II.
Eu, Cinara, Karine e o pequeno Marcelo.

Eu e Karine

Pequeno Walter em disputa com Vargas. Rodolpho, ao fundo,
sorrindo e trapo "Encantado é Grêmio" na grade.


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Diário de bordo - Grêmio 0 x 0 Atlético PR

Quarta feira, 06.11.13, com mais de um canário belga lotado rumamos em direção à Arena no mesmo clima de tensão e bebedeira, no entanto, desta vez empatamos por 0 x 0 e fomos eliminados na semifinal da Copa do Brasil. 

Devido a falta de inspiração decorrente do péssimo resultado da equipe, o diário de bordo será pouco detalhado e sem criatividade, por isso, deixaremos apenas registrado com uma foto que Encantado estava presente e inaugurando o novo trapo.

Chegada na Arena. Primeira foto do novo trapo.



sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Diário de bordo - Grêmio 0 (3) x (2) 0 Corinthians

Quarta feira, 23.10.13, o Grêmio decidia as 21:50 na arena, após ter empatado em 0x0 o jogo de ida, uma vaga para a semifinal da copa do Brasil contra o Corinthians e, mesmo apesar da forte chuva, o grande canário belga se fez presente.

A saída foi por volta das 17:45. O clima durante a semana foi muito tenso, não somente pela importância da partida mas também por um provável embate entre os grupos que disputam o poder no canário, já que, na excursão anterior, Valandro e seus comparsas ganharam território com a ausência dos chefes rivais.

No entanto, horas antes da viagem, Seu Ernani e Noi, líder e vice líder respectivamente da facção Raio X, cancelaram suas idas alegando problemas extra canário. Verdade? Talvez. Medo? Não sei. Mas o fato é que, com o não comparecimento dos dois ícones máximos dos inimigos, a facção Kalena teve caminho livre pra angariar novos membros para seu exército e conquistar mais espaço no controle do canário.

Sendo assim, seguimos viagem com, como de costume, muita cerveja e animação, desta vez com uma inovação, instrumentos musicais, fazendo paradas para recolher tripulantes na polícia rodoviária, Arroio do Meio e Lajeado e com a lotação máxima ultrapassada mesmo com as desistências de última hora.

Chegamos na Arena por volta das 20 horas debaixo de muita chuva. Antes mesmo de estacionarmos um vendedor de capas de chuva praticamente liquidou seu estoque entrando no ônibus e fazendo muitas negociatas ali mesmo, no território sem dono. 

Devido a dificuldade em achar uma vaga para o merecido repouso do grande canário belga, todos descemos e nos dirigimos ao espetacular estádio tricolor, enquanto isso, nosso motorista achava o lugar para a nave guerreira descansar.

O JOGO:

Eu tava bebum, bebum da mesma maneira que estava nos outros jogos. Por isso faço um apelo aqui: Por favor, liberem a venda de cerveja com álcool no estádio. Não aguento mais beber sem álcool.

Fora isto, gostei do desempenho do Grêmio. Merecíamos a vitoria no tempo regulamentar. A partida não foi um massacre tricolor mas controlamos o Corinthians durante os 90 minutos. Os paulistas praticamente não tiveram chances enquanto nós tivemos ao menos quatro oportunidades de marcar. Duas com Vargas, uma com Kléber e uma com Elano. 

A torcida foi espetacular, de todos os jogos na nova arena este foi o que a exercemos a maior pressão, lembrou muito o velho casarão.

Com o placar de 0x0 fomos para a disputa de penalidades máximas. Após estarmos duas vezes atrás, Dida fez jus a sua fama de pegador de pênaltis e garantiu a classificação com três espetaculares defesas. A última em uma cavadinha ridícula do Patolino, que após falar besteira antes do jogo, teve que ouvir quietinho a seguinte resposta do Bressan, com o dedo em riste, na comemoração: "Respeita o Grêmio e paga a penson da Sthepany Brito, porco Dio." Isso ninguém me contou, eu ouvi ele falando lá no estádio.

Com a classificação garantida saímos felizes em direção ao grande canário, porém, nada de encontrá-lo, provavelmente estava muito cansado e perdeu a hora no descanso.

Após algumas ligações, problema resolvido e iniciamos a viagem de retorno com muita descontração e degustando o restante das Itaipava e Dado Bier latão.

Chegamos ao nosso destino muito cansados mas felizes e com duas certezas:
1 - O Grêmio joga feio mas é forte.
2 - A facção Kalena se fortaleceu no grande canário belga.


Grande canário belga descontrolado

Parte traseira do grande canário belga

Vista de 75% do grande canário belga

Chegada na Arena. Preocupação com a chuva: 0%.

Membros do grande canário belga sendo monitorados dentro da Arena.

Retorno. Junção de cansaço e felicidade

Retorno. Estraçalhando um dado bier latão e nem aí pra foto.


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Diário de bordo - Grêmio 1 x 0 Corinthians

Quarta feira, 16.10.13, médio canário belga lesionado e a caravana de Encantado rumou em direção à Arena transportada pelo cardeal.

A saída foi por volta das 18:15. Cerveja até a primeira parada na polícia rodoviária para recolher dois tripulantes da cidade vizinha Roca Sales. Mais cerveja até a segunda parada em Lajeado para mais um embarque. E muito mais cerveja até o destino final.

Facção Kalena e facção Raio X estavam equilibradas no número de guerreiros, porém, enquanto Valandro e vários membros da alta cúpula da facção Kalena se faziam presentes, a facção Raio X era representada somente por operários, ou seja, Seu Ernani e Noi não compareceram ao campo de batalha.

Junta-se a este cenário a ausência do cônsul e também apaziguador nos momentos de ânimos acirrados e pronto, estava aberto o caminho para Valandro assumir o controle total do cardeal.

E foi o que aconteceu. O número 1 na hierarquia da facção Kalena liderou e distribuiu ordens durante todo o percurso. Aos rivais se dirigia sempre em tom amedrontador e estes, sem a proteção de seus cabeças, sentiam-se acuados. 

Resultado disso foi um clima de constante tensão durante a viagem mas, graças à Deus, o desembarque no estádio tricolor foi sem mortos ou feridos.

O JOGO:

Grêmio e Corinthians iniciaram a partida do jeito que todos imaginavam. Muita marcação e poucas oportunidades de gol. Algo previsível em se tratando das duas melhores defesas do campeonato e dos dois piores ataques do returno. Chance clara mesmo, somente uma para o time paulista após grande jogada do Barriga de Cadela que entortou Adriano e deixou seu companheiro na cara do Dida. Por sorte, o atacante corintiano concluiu para fora. De resto, somente chutes de fora da área e pouca criação.

No segundo tempo Renato alterou o esquema para o 442, voltando com Maxi Rodrigues no lugar de Bressan e já dando indícios de que para o GREnal e principalmente para o jogo da copa do Brasil, deverá jogar com dois zagueiros e Vargas, Kléber e Barcos no time titular.

Com a mudança o tricolor melhorou, ficou mais agressivo mas sem perder o poder de marcação. Barcos finalmente desencantou aos 10 minutos com um golaaaaaaaaço, 1x0. Espero que ele deslanche nesta reta final de brasileirão e sobretudo copa do Brasil. O Grêmio seguiu melhor na partida e poderia ter ampliado novamente com o Pirata. Depois, o Corinthians poderia ter empatado com Emerson Sheik em duas oportunidades, mas Dida salvou e garantiu mais uma vitoria que nos fez reassumir a segunda colocação e nos deixou muito perto da libertadores. 

Após o jogo, quando todos já se preparavam para enfrentar o terrível ar de guerra no interior do cardeal, aconteceu um gesto que mudou o clima da viagem de retorno. Uma foto em homenagem ao pequeno Davi, que havia nascido no dia anterior, filho do Pelêgo, presença constante no canário, fez todo mundo se unir e dedicar o triunfo tricolor ao mais novo gremista do pedaço.

Feito o registro, o sentimento de paz e fraternidade se instalou no coração de cada membro de facção e todos voltaram para casa na maior tranquilidade e harmonia.

Homenagem ao pequeno Davi, o mais novo gremista da área.


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Diário de bordo - Grêmio 1 x 0 Atlético PR

Quarta feira, 02.10.13, novamente o Grêmio jogava em casa durante a semana. Algo já comum e que continuará por todo o mês de outubro pois somente em novembro o tricolor voltará a atuar na Arena em um final de semana. 

A partida teria início as 19:30, horário porco e muito complicado para o pessoal do interior. Mesmo assim, os gremistas de Encantado marcaram presença com o pequeno canário belga lotado. 

A saída foi por volta das 16:15. A viagem teve um clima de completa tranquilidade e harmonia, afinal, não estavam presentes membros das duas facções, sendo assim,  nada de duelos entre Seu Ernani, Valandro, Noi, Daroit e demais comandados. O medo de balas perdidas, ou algo do tipo, ao menos desta vez, não fazia parte da tripulação. No canário, somente pessoas neutras e imparciais, se bem que, na minha opinião, alguns dos que se dizem "isentos" na realidade vestem a camisa de alguma facção. 

Após uma viagem sem nenhuma tensão e regada a cerveja (wisk para alguns), chegamos ao estádio tricolor as 18:30 e, depois de mais uma cervejinha, adentramos no recinto da batalha.

O JOGO:

O Grêmio fez um primeiro tempo muito bom. Dominou o jogo, trabalhou a bola e criou oportunidades. Defensivamente não correu riscos, mesmo enfrentando o segundo melhor ataque do campeonato. Resultado: vitoria parcial por 1x0, com justiça, já que tivemos uma atuação muito consistente.

No segundo tempo, logo no início, quase sofremos o empate, Rodolpho salvou sobre a linha. O time não repetia o mesmo desempenho da primeira etapa, o Atlético pressionava nossa saída, rondava nossa área, mas oportunidades claras de gol, mais nenhuma. Após os 30 minutos, 3 expulsões. Poderíamos ter ampliado duas vezes com o Parazinho, no entanto, o resultado final foi mesmo o 1x0 com muitos torcedores reclamando do Renato, do esquema, das substituições, blá, blá, blá... mas enquanto isso, pode somar mais três pontos pro tricolor na tabela. 

SOBRE O RENATO:

A quantidade de críticas que nosso treinador vem sofrendo por parte da própria torcida do Grêmio é uma vergonha. Também não concordo com algumas coisas que ele faz, entre elas a demora nas substituições. Uma possível ida do Barcos pro banco, mesmo achando o Pirata um bom jogador, eu também não discordaria. Ou seja, Renato também me tira do sério as vezes. Nosso técnico comete falhas, óbvio, porém, a excessiva corneta de alguns gremistas, mesmo com os atuais resultados obtidos pelo Portaluppi, é absurda. Já li e ouvi coisas como: "Renato é só motivador", "Renato não entende nada de tática", "Renato está transformando o Grêmio em um time pequeno", etc. Aí já é demais né, menos, cara, menos, quem sabe tu espera o time estar mal na tabela pra ser tão amargo.  

Vocês já pensaram que nosso grupo (que não foi montado por ele) pode não ser tão bom assim no papel como pensávamos lá no início do ano e que estamos fazendo essa boa campanha justamente porque nosso técnico entende do assunto? Já pensaram que, por perceber que o elenco não é lá essas coisas, ele preferiu privilegiar a defesa, abdicando da qualidade de um Elano ou Zé Roberto, pois estes não conseguem acompanhar os demais companheiros, já que não "mordem", só cercam, e a contribuição ofensiva que dão não compensa a perda de poder de marcação que o time sofre com os dois em campoTodos discordamos de algumas escolhas do Portaluppi, porém, algumas pessoas exageram na corneta e acham que tudo está errado e eles é que tem as soluções, no entanto, a verdade é que estamos em segundo e o título está longe somente porque o Cruzeiro faz a melhor campanha da história dos pontos corridos.

Mas isso é apenas minha opinião e sei que não vai mudar nada, inclusive alguns dirão: "depois que estiver ruim não adianta reclamar". Pra esses só posso dizer: "Ok!! Vocês, que nunca chutaram uma bola e jamais entraram em um vestiário, devem estar certos e o Renato errado então. Quem sabe ele deixa o conhecimento e experiência de lado e segue o que os entendidos de boteco dizem. Caso tivesse feito isso antes, com certeza vocês garantem que hoje não seriamos vice, seriamos líderes".

Sempre lembrando que, muitos desses entendidos sabem tanto, mas tanto, que gritaram "fica Luxemburgo" (Luxemburgo, cara, LU-XEM-BUR-GO) com o Grêmio em terceiro no campeonato e querem bombardear o atual treinador com o time em segundo.

Koff seguiu essa galera e segurou o Pofexô, mesmo ele pedindo uma fortuna, até porque Luxa tinha o respaldo dos sabidões. O resultado não preciso dizer.

Mas agora, tenta encontrar alguém que ovacionou o Wanderley ou Vanderley ou Wanderlei ou Vanderlei pra ver a dificuldade em encontrar.

Feito o desabafo e voltando ao pequeno canário belga, iniciamos o retorno para casa felizes pela vitória e muito tranquilos, afinal, sabíamos que nenhuma batalha explodiria repentinamente durante o trajeto e não havia o risco de sentarmos, por engano, em um banco contendo uma mina endereçada à algum líder de facção.






terça-feira, 17 de setembro de 2013

Diário de bordo - Grêmio 0 x 1 Atlético MG

Domingo, 15.09.13, aniversário de 110 anos do Grêmio e o grande canário belga partiu, por volta das 14:30 horas e quase lotado, em direção à Arena.

Durante a manhã, Seu Ernani ligou avisando que havia sido acometido por uma inesperada gripe, por isso, não se faria presente. Tenho certeza que Noi também recebeu um telefonema onde lhe foi passado uma lista de instruções sobre como deveria ser o comportamento da facção Raio X, já que, com a ausência do líder máximo, a tarefa de comandar cabia ao n° 2 na hierarquia da organização. 

Em contrapartida, a facção Kalena chegou endiabrada e com força máxima, logo tomaram seu lugar no fundão do canário e comandaram a cantoria.

Em Palmas, parada para arrecadar alguns novos membros. Não restaram então mais bancos livres e a lotação era máxima. 

Em Arroio do meio, nova parada para outros três tripulantes. O grande canário belga agora estava superlotado e assim seguiu viagem.

Muitos passageiros faziam sua primeira excursão, por isso, estavam em dúvida sobre qual lado escolher. Mas a verdade é que, a facção Raio X, sentiu a ausência de Seu Ernani e, com isso, a facção Kalena, liderada por Valandro e sempre muito carismática, angariou mais membros para seu exército.

A viagem então seguiu sem maiores conflitos e mostrando que todo mundo estava com muita sede.

A chegada ao estádio tricolor foi em torno das 16:30 horas. Faltando ainda duas horas para o início da partida o pessoal se dispersou. Alguns foram até a loja do Grêmio, outros entraram no estádio e teve aqueles que decidiram tomar mais uma cervejinha no bar da Isa, confraternizando com algumas celebridades gremistas das redes sociais.

Então, às 18:30 horas, teve início a peleja.

O JOGO:

Sinceramente, não tinha muitas recordações da partida até ver os melhores momentos no dia seguinte. Percebi que novamente o Grêmio praticamente não correu riscos defensivos em casa, mas na única oportunidade que teve, o Atlético aproveitou. Ofensivamente, tivemos pelo menos quatro oportunidades só no segundo tempo: Duas com Zé Roberto, uma com Jean Deretti e uma com Vargas, esta provavelmente a bola do jogo, pois, se o chileno marca ali, o resultado poderia ser diferente.

Resumindo, jogamos da mesma maneira que nas outras partidas, porém, dessa vez, não aproveitamos as oportunidades de gol.

Se bem que, até ver os lances na segunda feira, tinha em minha cabeça que o resultado final havia sido 2x1 para os mineiros. Estava 2x0 pro galo quando Barcos recebeu uma bola na marca do pênalti, dominou e bateu, Victor defendeu e, no rebote, o Pirata descontou, 2x1. Na comemoração, eu desci a arquibancada da geral até a mureta e gritei: "Valeu Pirata". Na hora do grito, o estádio todo ficou em silêncio, como se houvessem combinado, e pude ser escutado por todos os presentes, o que gerou uma gargalhada geral. No entanto, no dia seguinte, percebi que foi apenas minha imaginação.

Terminada a partida, a chuva era muito forte e o grande canário belga estava estacionado praticamente na estação do trem, ou seja, longe. Nos dirigimos então à ele debaixo do dilúvio e com água quase pela canela. Sendo assim, todos chegaram encharcados.

A volta, exceto pelos oito gripados e cinco com pneumonia, foi animada, pois ainda restava cerveja para ser tomada. O clima tenso provocado pelo duelo entre as duas facções deu lugar a um emocionante abraço entre Valandro e Noi, que choraram juntos a derrota tricolor.

Gostaria de agradecer a presença de todos e convidar para continuarem participando. À medida que a tabela nos presentear com um jogo às 16 horas, iremos de manhã e faremos um churrasco no entorno da Arena. 

Aos que foram pela primeira vez, um agradecimento especial e minhas lamentações pela derrota, porém, é nas horas ruins que o Grêmio realmente precisa do nosso apoio. Além disso, gostaria que vocês refletissem sobre o seguinte: Se mesmo com muita chuva e resultado negativo, foi àquela zueira, imagina na copa, ops, não, péra... imagina quando ganhamos.

Membros do grande canário belga na chegada à Arena do Grêmio

* Muitos outros registros foram feitos, inclusive do abraço entre Noi e Valandro. Assim que eu receber, publico.



segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Diário de bordo - Grêmio 3 x 2 Portuguesa

Sábado, 07.09.13, dia da independência do Brasil e partida contra a Portuguesa sendo realizada em horário de balada, às 21 horas. No entanto, para os guerreiros de Encantado não existe data, horário ou tempo ruim que os impeça de irem apoiar o tricolor. 

A saída foi por volta das 18 horas. Após alguns jogos sendo transportados pelo médio cardeal, finalmente os 34 tripulantes puderam matar a saudade do grande canário belga, que estava de volta. O mais feliz com isso era Bexiga de Grilo, pois agora tínhamos banheiro no ônibus. 

A viagem, regada a muita cerveja, foi tranquila, já que não estavam presentes membros da facção da frente (agora denominada facção Raio X). As más línguas diziam que Ernani, e seu fiel escudeiro Noi, amedrontaram-se com o clima tenso criado por Valandro durante a semana nas redes socias e por isso não compareceram. Mas a verdade é que, com a ausência dos líderes da facção Raio X, a facção Kalena tomou conta do grande canário, inclusive angariando para seu exército novos membros que participavam pela primeira vez das excursões, caso do Seu Pasqualetto. 

Más línguas dizem que clima tenso criado por Valandro nas redes sociais afastou Seu Ernani

Chegamos na Arena em torno das 20 horas. Fomos até a bilheteria, retiramos os ingressos de quem havia comprado pela internet e logo entramos. Devido ao atraso na saída de Encantado, praticamente não tivemos tempo para tomar aquela velha e divertida cervejinha no entorno do estádio.

O JOGO:

O Grêmio dominou amplamente a Portuguesa no primeiro tempo, não lembro do Dida ter feito qualquer defesa. Ofensivamente, tivemos um pênalti sonegado sobre o Gladiador e, apesar de termos criado algumas oportunidade de gol, não considero nenhuma chance como claríssima, todas foram em chutes de fora da área ou em bolas levantadas onde Barcos conseguiu a conclusão mas sempre pressionado. Faltou novamente, na minha opinião, um meia driblador e mais agudo (que abre a defesa adversária), mas não temos um jogador com estas características no grupo. Talvez o Guilherme Biteco, porém ele ainda não mostrou futebol pra ganhar a titularidade.

No segundo tempo, voltamos em outro ritmo, agredindo o adversário. O resultado foi, em 15 minutos, um gol mal anulado do Kléber, o 1 x 0 com gol do Barcos, o 2 x 0 com gol do Zé Roberto e o quase 3 x 0 em um lance incrivelmente desperdiçado pelo Pirata. 

Após, passamos a administrar a partida mas em uma bola lançada nas costas do Bressan (vamos Bressan, de novo tu) a Portuguesa acabou descontando, 2 x 1 (vale ressaltar que o atacante estava impedido na hora do lançamento). 

Com o gol, ressuscitamos o adversário e em um escanteio o pior aconteceu, 2 x 2. Eram 33 minutos e tínhamos mais quinze para tentar a vitoria. Logo em seguida, bola levantada na área para Kléber, o Gladiador saltou para fazer o gol e um zagueiro da Lusa atropelou-o por trás. Sem chance alguma de atingir a bola o defensor visou apenas o corpo do jogador gremista com a única intenção de desequilibrar o atacante, pênalti muito bem marcado pelo árbitro que até então havia prejudicado muito o tricolor. O fato gerou revolta dos jogadores da Portuguesa, com isso dois atletas foram expulsos. Na cobrança, Kléber marcou o terceiro garantindo a vitoria por 3 x 2.

Obs: O relator estava embriagado e assistiu ao jogo em uma posição não muito privilegiada para análises táticas. Normalmente ele revê o compacto pela tv antes de escrever, porém, desta vez, não foi possível.

Com mais 3 pontos na bagagem, o grande canário retornou para Encantado. Valandro, líder da facção Kalena, estava fora de controle fazendo rimas, cantando rap e imitando o Ade e o Cabeça. Absoluta no ônibus, sua facção saiu fortalecida e com novos membros em seu exército. Quanto a facção Raio X, terá que pensar em uma boa estratégia para recuperar terreno e vir forte na próxima excursão, que será domingo, 15.09.13, aniversário de 110 anos do tricolor, contra o Atlético MG.

Tripulantes do Grande Canário Belga. Facção Kalena muito à vontade. Fotógrafo nota 0.

GALERIA MEMBROS DO CANÁRIO BELGA ESPALHADOS PELA ARENA:





 * Se no próximo jogo tu se achar, avisa pra gente que publicamos.

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Para registrar:

Sábado, durante a vitoria do Grêmio, dois jornalistas da ESPN ofenderam, no twitter, todo o povo gaúcho. O primeiro, Arnaldo Ribeiro, sem ter provas insinuou que o campeonato estava encomendado, mesmo no jogo o árbitro errando muito mais a favor dos paulistas.

Twitter do Arnaldo Ribeiro

O segundo, Flávio Gomes, para ter escrito o que reproduzo abaixo, deve estar ainda ressentido com a derrota para o Grêmio na final do Brasileiro de 1996.

Twitter do Flávio Gomes
No domingo, Flávio Gomes continuou discutindo com torcedores e manteve o mesmo nível de ofensas. O Grêmio, então, enviou uma nota de repúdio assinada pelo presidente Fábio Koff.
Nota de repúdio

O resultado foi que, o primeiro se desculpou através do próprio twitter e o segundo já foi demitindo pela ESPN, garantindo assim o respeito e credibilidade da emissora.



segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Diário de bordo - Grêmio 1 x 0 Ponte Preta

Sábado, 31.08.13, com uma agradável temperatura primaveril, às 15:15 o médio cardeal (médio canário belga continua no DM) novamente partiu em direção à Arena do Grêmio. Desta vez, abastecido somente com cerveja, muita cerveja, diga-se de passagem. 

O clima na viagem era tenso. Seu Ernani, líder da facção da frente e ausente no jogo anterior, agora se fazia presente e ocupava seu tradicional lugar, o primeiro banco. Logo atrás, Noi, seu braço direito e fiel escudeiro, fazia a vigilância com um olhar que denunciava a vontade de fazer um raio x em Valandro, que confirmasse a existência de, no mínimo, dezoito fraturas provocadas por membros de seu grupo.

Ao fundo, Valandro comandava seu grupo, agora denominado "facção Kalena", entoando cânticos puxados por seu novo componente, o Gaúcho. Enquanto isso, bexiga de grilo se contorcia todo e suplicava: "por favor, pede pra parar". Os demais tripulantes conversavam e bebiam animadamente, sempre atentos a um possível ataque surpresa dos inimigos, com exceção do cônsul, claro, pois este tem que manter a isenção.

Então, assim seguimos viagem e chegamos ao estádio tricolor sem computar nenhum morto ou ferido.

No jogo, o Grêmio não fez uma boa partida ofensivamente. A Ponte Preta se fechou no seu campo e sentimos falta de um meia agudo e driblador, o chamado jogador que "abre defesa". Atrás, praticamente não sofremos sustos, Dida foi um mero expectador. Os destaques, na minha opinião, foram: Rodolpho, Souza (o único do meio campo que não decaiu), Barcos (mesmo sem fazer gol ele se movimenta na frente, pede a bola, marca, ajuda na jogada parada defensiva, enfim, participa do jogo, porém, quando a vitoria não vier será mais cobrado se passar em branco) e Kléber (autor do gol da vitoria o Gladiador está me surpreendendo. Considero o Vargas mais jogador que ele mas a verdade é que, no momento, o chileno tem que esperar no banco. Kléber conquistou a vaga na bola, dentro de campo, tirá-lo agora seria injusto e motivo pro Renato perder o comando, afinal, vencemos às últimas cinco partidas no brasileiro e classificamos na copa do Brasil).

Resumindo, não jogamos bem mas vencemos e uma coisa muita clara que se vê é: o time do Grêmio está mordendo em campo, não somente cercando como algum tempo atrás. Agora, o gremista que estiver achando ruim assim, tá liberado pra se juntar a turma do aterro, pois lá, como disse o garnizé do D'alessandro após o empate deles contra o Goiás: "Estamos empatando mas jogando bem, tem time aí que está ganhando mas só dá balão", ou seja, eles preferem jogar bem e empatar do que jogar "mal" e vencer. 

Terminada a partida iniciamos o retorno. A quinta vitoria consecutiva do tricolor acalmou os ânimos dos grupos e um surpreendente tratado de paz foi selado entre os líderes das facções. Até quando?? Impossível saber. 

Na chegada em Encantado tomamos o resto da cerveja e também as ruas da cidade mostrando aos amargos o porquê de não existir comparação entre as torcidas.

Membros da facção Kalena evitando serem reconhecidos

Facção Kalena e neutros, na chegada

Valandro vigiando Seu Ernani. Clima tenso!!

Abraço para selar a paz entre Valandro e Seu Ernani. Porém Noi sempre
atento na retaguarda para evitar qualquer possível ataque surpresa.

E a festa invadiu as ruas de Encantado city
Créditos: Fotógrafo Daroit

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Diário de bordo - Grêmio 2 x 0 Santos

28.08.13, quarta feira, com o médio canário belga enfermo, às 18:30 partimos rumo à arena com seu substituto, o cardeal, lotado. A diversidade alcoólica era grande: cachaça, vinho, vodka e vários rótulos de cerveja. Devido a isto, o clima na disputa pelo controle do canário (cardeal) poderia esquentar. 

Seu Ernani, chefe da facção da frente, não estava presente, porém, Noi, seu braço direito e fiel escudeiro, comandava as ações do grupo e informava a seu líder, via celular, todos os passos de Valandro, o comandante da facção do fundo.

Em Arroio do Meio foram recolhidos quatro novos integrantes da viagem e, a partir daí, o sangue já tomado pelo álcool acabou fazendo o efeito contrário ao que todos esperavam. Ao invés de acirrar os ânimos, acabou espantando a tensão presente no ar.

Com aproximadamente metade do trajeto percorrido fizemos uma parada para reabastecimento e ida ao banheiro. Na retomada, em menos de dez minutos, um membro da facção do fundo suplicava por novo pit stop, pois não estava aguentando. Seu desejo foi atendido e ele rapidamente apelidado de bexiga de grilo.

Após a pausa, para alegria do bexiga de grilo, seguimos sem mais transtornos até a casa do imortal. No desembarque do cardeal um acidente de percurso. Um dos tripulantes acabou por se desequilibrar e derrubar seu copo de vinho sobre dois outros passageiros. Nada que uma vitoria tricolor não pudesse transformar o acontecido em motivo de gargalhadas para os atingidos.

O JOGO:

O Grêmio havia perdido a partida de ida por 1x0, por isso precisava vencer por dois ou mais gols de diferença para avançar às quartas de final da Copa do Brasil 2013. Em campo, o tricolor logo partiu pra cima tentando o abafa. Aos poucos o ímpeto inicial foi diminuindo e, apesar do domínio, chances claras para marcar praticamente não eram criadas. A necessidade da vitoria acabava fazendo com que o imortal desse espaços para o contra ataque santista. Em um destes lances os paulistas abriram o placar, no entanto, o gol foi corretamente anulado pois o atacante estava impedido. O primeiro tempo terminou então 0x0, com um Bressan, na minha opinião, abaixo dos demais companheiros e um Ramiro não repetindo as boas atuações anteriores. Apesar de, no início, o volante ter dado um belo chute da intermediária, estava sendo desarmado com frequência e errava muitos passes.

O segundo tempo começou com a equipe tricolor somente dando balão, porém, aos 9 minutos, na primeira vez que a bola saiu de trás pelo chão, Souza tocou para Barcos, o Pirata tirou o zagueiro da jogada com o corpo, invadiu a área e cruzou rasteiro para o próprio Souza, que acompanhou a jogada e chegou para concluir. O Grêmio fazia 1x0, resultado que levava a decisão para os pênaltis

Após o gol, o tricolor continuava dominando mas ainda sem criar oportunidades reais. Enquanto isso, o Santos ameaçava somente em erros da zaga gremista. Renato então trocou Riveros por Maxi, o uruguaio entrou com bastante disposição mas errando muitos passes. Quando parecia que a vaga seria realmente decidida nas penalidades, aos 42 minutos, o tão criticado Pará fez ótima jogada pela direita, tabelou com Maxi Rodriguez e cruzou para Werley, com impressionante sangue frio o zagueiro dominou e tocou para fazer 2x0 garantindo a classificação. Neste momento a torcida explodiu e homenageou nosso lateral direito cantando aquela música feita exclusivamente pra ele:

"Vamos, vamos tricolor
 hoje eu vim te apoiar
 PARÁ te ver campeão
 PARÁ te ver ganhar".

Terminado o jogo, passamos em um dos bares no entorno da arena e com o dinheiro que sobrou da viagem compramos todo o estoque de chopp Kalena (aquele feito com água de esgoto, segundo o Pelego). Retornamos então para casa com muita alegria e animação por mais uma jornada pé quente, porém, sabedores de que o canário (cardeal) ainda é território de ninguém e com a certeza de que teremos novas batalhas na busca pelo poder, entre as duas facções. 

Valandro (ao centro de preto) sendo observado por Noi  (primeiro da dir. para esq. ao fundo)

Noi (ao fundo),  provavelmente chamando alguns comparsas para tentar algo.


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Diário de bordo - Grêmio 3 x 1 Cruzeiro!

Quarta feira, 14.08.13, temperatura siberiana em Encantado mas mesmo assim 15 guerreiros lotaram o pequeno canário belga e por volta das 18:45 partiram rumo à Arena munidos de: 2 litros de vinho bordô (safra 83), 2 litros de vinho cabernet (safra 95), 600 ml de cachaça de alambique e algumas cervejas.

Viagem tranquila, mesmo com alguns derramamentos do precioso liquido que faz bem ao coração, e chegada no estádio por volta das 21:00. 

Em campo o que se via era um primeiro tempo com o Grêmio sendo envolvido no meio campo e ineficiente no ataque, abusando da ligação direta. O resultado disso foi um penalti pro Cruzeiro e a sensação de que GANHARÍAMOS MAIS UMA DERROTA em casa. No entanto, Dida, famoso por defender penalidades mas que ainda não havia confirmado essa qualidade desde que chegou ao clube evitou o gol cruzeirense, para delírio da torcida e principalmente de Pablo Santana. Logo após, Souza, da equipe mineira, levou o segundo cartão amarelo e foi justamente expulso, deixando o tricolor com um a mais para o segundo tempo.

Na volta do intervalo Portaluppi não fez alterações mas adiantou a marcação. O adversário quase não ameaçava mas o Grêmio também não conseguia criar muito. Maxi Rodriguez estava afoito, queria dar sequencia rapidamente nas jogadas e errava demais, por isso Maxi, escute agora um conselho de quem entende do riscado: "quando entrar em campo nervoso, nas primeiras 3 ou 4 vezes que pegar na bola, domina e toca, faz o simples. Acertando estes lances tu vai pegando confiança pra crescer na partida Ao arriscar um lance mais complicado logo de cara a probabilidade de errar aumenta, então no segundo toque já vem aquela obrigação do acerto, se não conseguir, começam os murmúrios na arquibancada e tudo vai se tornando mais difícil." (Obrigado pela atenção, Maxi). 

Continuando...

Renato então trocou Bressan por G. Biteco, o time ganhou em velocidade e logo Werley fez 1x0. Antes mesmo do Cruzeiro se recuperar do golpe, Barcos ampliou num belo gol, 2x0. Aqui abro um parenteses para dar minha opinião sobre o pirata: "Apesar de já ter perdido a paciência com ele, o considero um bom jogador tecnicamente. O fato de estar apanhando da bola ultimamente, vem da falta de confiança e talvez do fraco preparo físico. Um exemplo de que ele não é a vaca atolado que parece, foi pouco antes do terceiro gol. A zaga do Grêmio afastou a bola com um bago, Barcos dominou a redonda com uma habilidade que somente jogadores com qualidade conseguem, enfim, depois da atuação de ontem minha paciência com o pirata ganhou mais um pouco de fôlego e agora acredito que ele deslancha". 

Com o placar adverso os mineiros resolveram se arriscar ao ataque. Em uma cobrança de falta, onde a bola desviou, veio o gol, 2x1. Portaluppi então trocou Maxi por M. Biteco, sou fã assumido desse piá, pra mim é a melhor promessa da base do Grêmio e o treinador tem que arrumar um lugar pra ele no time, nem que seja na ala direita no lugar do Pará. 

Depois, em nova cobrança de falta, dessa vez a favor do tricolor, Alex Telles deu uma de Elano contra o fluminense e bateu por baixo da barreira, o goleiro soltou e Kléber conferiu pro gol fazendo o 3x1 definitivo.

Apesar da vitoria o time não fez um grande jogo e estava com dificuldades no 11 contra 11. Novamente melhoramos no segundo tempo mas, mesmo vendo avanços, a equipe ainda não me passa confiança, porém, se continuar não me passando confiança e conseguindo os 3 pontos, me serve.

Após o jogo pegamos o caminho de volta pra Encantado. No meio do trajeto os guerreiros adormeceram dentro do pequeno canário, todos muito cansados mas com a sensação de dever cumprido por terem ido apoiar o tricolor em mais uma fria noite gaúcha.   

Guerreiros do pequeno canário belga

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Diário de bordo - Grêmio 1 x 1 inter!

Domingo 04.08.13 - primeiro Grenal da história da Arena do Grêmio. 

A saída de Encantado estava marcada para às 11:45, pessoal de Vespasiano Corrêa sempre pontual, representante de Arvorezinha, idem e, acreditem, habitantes de Dr. Ricardo surpreendentemente também no horário certo. 12:00 e o canário belga partiu rumo a Porto Alegre com sua lotação máxima ultrapassada em 3 passageiros. No interior do ônibus muita animação e uma enorme diversidade de marcas de cerveja. Após uma viagem sem maiores percalços chegamos ao estádio por volta das 14:00. Antes de entrarmos ainda houve tempo para degustarmos mais alguns rótulos ausentes na condução.

Dentro do estádio, no setor da geral, a única confusão foi entre um, deduzo eu, halterofilista cujos braços pareciam duas jiboias e um torcedor com a calça no meio da bunda que deixava a mostra uma cueca rasgada e que tinha como maior dificuldade manter-se em pé devido ao alto teor alcoólico em seu sangue. Desentendimento apaziguado pela própria torcida tricolor e nos concentramos então na partida.

Quando foi anunciada a escalação com 3 zagueiros creio que não teve torcedor gremista que não sentiu um arrepio da ponta do cabelo até o minguinho do pé, isso porquê, pelo que me lembro, a última (e talvez única) vez que o esquema com 3 defensores deu certo no Imortal foi no título da Copa do Brasil de 2001 com o Tite. No entanto, com o jogo em andamento o que se viu foi um Grêmio com a marcação encaixada, não dando espaços (exceto uma única vez que resultou no gol de empate) e com maior volume de jogo, mesmo que as oportunidades para marcar tenham sido escassas. Avaliando alguns jogadores achei que o Rodolpho fez boa estreia, Alex Telles também foi bem, aliás, ele tem sido o jogador mais regular do time, Riveros marca e se apresenta bem pro jogo, algo que o Adriano não faz, Elano parece jogar com uma mochila com 10kg de cascalho de rio nas costas e Kléber foi o melhor do time, porém, essa atuação do Gladiador é o máximo que podemos esperar dele e pra pensarmos em título precisamos de mais que isso. No segundo tempo Maxi Rodrigues entrou dando ao time algo que nos falta: velocidade e jogadas mais agudas na vertical, não somente toques laterais. Paulinho (de Guaporé) também mostrou muita rapidez e não teve medo de agredir a marcação, acho que a aposta do São Portaluppi nele é justamente por isso, já que temos um time lento e previsível. Enfim, se era pra ter um vencedor teria que ser o Grêmio.

O árbitro Fabrício Neves Correa foi um fracasso. Os amargos reclamam da não expulsão do Adriano, eu concordo, porém do lado deles é só. Em contrapartida, antes disso o Willians Saltador deveria ter levado vermelho na hora do pênalti ou então mais tarde por ter agredido o Paulinho. O D'alessandro Garnizé também merecia ter ido pra rua por fazer gestos pra torcida insinuando roubo, tudo visto pelo bandeira e comunicado ao árbitro que foi um cagalhão e não fez nada, como bem testemunhou e relatou o Ducker e como mostram as imagens.

                                                   Relato do Ducker sobre a covardia do árbitro

                                                         Garnizé tendo um xilique costumeiro

Além disso, Leandro Reclamão (jogador de 12 trilhões de euros) era outro que merecia ter ido pro chuveiro mais cedo por ter dado quatro empurrões no Rodolpho no lance da expulsão do Werley (o minuto 6 do vídeo abaixo mostra isso claramente), era pra ter ali recebido o segundo amarelo e consequentemente o vermelho.

Leandro Reclamão mais uma vez sendo protegido     

Terminado o jogo saímos da Arena um tanto decepcionados com resultado e tendo as tripas maiores comendo as menores. Então, logo na descida da rampa já degustamos um churrasquinho de gato por R$5,00. Preço salgado, assim como a carne. Mais adiante compramos alguns chopp's Kalena (3 por R$10,00), marca que ainda não havíamos saboreado no dia e que segundo o Pelêgo, "era feito com água de esgoto". Quase no estacionamento, mais churrasquinhos, desta vez 2 por R$5,00, talvez pela distância do estádio o valor destes estava depreciado.

No ônibus todos prontos para a volta, porém, a boa impressão passada pelo pessoal de Dr. Ricardo na saída não se confirmou no retorno, foram os únicos a se atrasarem o que gerou uma certa irritação na velha guarda liderados por Seu Ernani.

Durante o trajeto notou-se que a cerveja estava acabando sendo necessário uma parada logo no inicio da Tabaí para reabastecimento. Mais um fato que desencadeou um princípio de conflito entre o pessoal da frente contra o pessoal do fundo. Ali era nítida a formação de duas facções dentro do canário belga, uma liderada por Seu Ernani e outra por Cristiano Valandro. Este relator que vos escreve ficou num fogo cruzado mas felizmente nada de mais grave aconteceu e o resto da viagem se desenrolou com muita alegria, reflexo dos emocionantes causos de vida narrados pelo chefe da facção do fundo, Valandro Forest Gump, que originaram várias e várias e várias e várias repetições por parte do Pelêgo, de seus famosos bordões: "Tá loooooco", "não da maaaaaais", "ninguém ganha".

terça-feira, 2 de julho de 2013

Dá-lhe Renato lá, o Portaluppi, meu coração não pára de apoiar!!

São Portaluppi voltou!!

Mas mesmo sendo o maior ídolo da história do Grêmio, Renato ainda sofre resistência de parte da torcida. Muitos acham que ele não entende nada de tática, que é somente motivador e que sua campanha em 2011 comprova isso. Eu concordava, em parte, com esses comentários, mas no fundo sempre algo me incomodava e não me deixava ter certeza se eu acreditava mesmo nisso ou se estava sendo um "Maria vai com as outras". Então resolvi fazer uma comparação mais aprofundada entre Portaluppi e Luxa (nosso mais recente técnico e considerado um dos maiores estrategistas do futebol brasileiro), em suas passagens pelo tricolor.

Os dois treinadores tiveram seus melhores períodos no primeiro ano de clube. Renato assumiu o Grêmio em agosto de 2010 com o time na 18ª colocação no brasileiro. Comandou as 25 partidas restantes do campeonato com  15 vitorias, 6 empates e 4 derrotas, somando 51 pontos e 68% de aproveitamento (percentual de campeão), vencendo o segundo turno e classificando a equipe para a libertadores do ano seguinte. Luxemburgo assumiu em fevereiro de 2012, disputou 4 campeonatos (gauchão, copa do brasil, brasileiro e sul americana), não venceu nenhum, mas teve seu melhor momento no segundo turno do campeonato nacional, inclusive com a torcida gritando seu nome e garantindo sua renovação de contrato, por isso focarei apenas nesta disputa para que a comparação seja mais justa. Neste certame o Pofexô fez 38 jogos com com 20 vitórias, 11 empates e 7 derrotas, somou 71 pontos e 62,3% de aproveitamento (percentual de campeão, o Fluminense foi quem fez uma campanha acima da média) e garantiu a terceira colocação, também classificando a equipe para a libertadores. Podemos ver que os técnicos fizeram duas ótimas e parecidas campanhas, porém, vamos aos times bases.

Grêmio 2010: Victor, Gabriel Chinelinho, Paulão do Bope, Rafael Marques e Fábio Santos; Adilson, Rochemback, Lúcio e Douglas Barriga de Cadela; André Lima ou Borges (se machucou) e Jonas.

Grêmio 2012: Marcelo, Pará, Werley, Naldo e Pico; Fernando, Souza, Elano e Zé Roberto; Leandrinho CNH e Marcelo Moreno.

O primeiro time jogou muito mais que o segundo, mesmo eu considerando, no papel, a equipe de 2012 com uma zaga e meio campo melhor. Ataque prefiro o de 2010, com Jonas (muito superior ao Leandro) e André Lima (não tão inferior ao Moreno). 


Eis que nos dois períodos, na virada do ano, trocou o presidente do clube. E nas duas vezes os técnicos não eram os preferidos dos novos dirigentes. Odone não queria Renato e Koff não queria Luxa, no entanto, os pedidos da torcida prevaleceram. A diferença foi na qualificação do plantel para a disputa da tão desejada libertadores do ano seguinte.

Em 2011 o Grêmio perdeu Jonas (seu principal goleador), Fábio Santos e o zagueiro Paulão do Bope, como alternativas tínhamos Gilson, Rodolfo, Viçosa, Lins, Escudero, Clementino, etc. Em 2013 o Grêmio perdeu Naldo, Pico, Moreno (este após ser testado várias vezes e não demonstrar futebol) e como opções vieram Cris, André Santos, Vargas, Barcos (sem contar Dida, Adriano, Welliton). Alguns dos nomes de 2013 foram um desastre (pelo menos até agora), mas quando desembarcaram pareciam ser bons reforços.


Nos dois anos caímos nas oitavas da competição continental, porém, enquanto com Luxa jogamos completos, com Portaluppi enfrentamos a Universidad Católica, no jogo da volta, com o seguinte time: Marcelo, Mário Fujão Fernandes (Vinicius Pacheco), Rafael Marques (Leandrinho CNH), Rodolfo e Gilson; Vilson, Adilson, Fernando e Douglas Barriga de Cadela; Lins e Viçosa. Isso mesmo, LINS E VIÇOSA eram nossas opções de ataque numa libertadores. Claro que não podemos esquecer algumas teimosias do Renato, como a insistência em escalar Gabriel Chinelinho no meio, por exemplo. Além disso, existiam contestações sobre quem deveria jogar em certas posições, alguns achavam Lins, outros Clementino, mas a verdade é que nenhum tinha uma qualidade muito superior ao outro capaz de justificar as criticas ao treinador por deixar o teoricamente melhor fora, algo que quase aconteceu com Luxa, quando tentou sacar Fernando e pôr Adriano.



No gauchão de 2011 deixamos o título escapar mesmo com uma grande vantagem. Após vencermos no aterro por 3x2, perdemos em casa pelo mesmo placar e fomos derrotados nos pênaltis. Nosso ataque no jogo da ida era Leandrinho CNH e Viçosa. O ruralito de 2013 foi aquilo que vocês já sabem.



Após essa análise mais profunda, sabem à que conclusão cheguei? Que meu incômodo era porquê no fundo eu achava Renato um bom treinador, apenas estava sendo um "Maria vai com as outras". Ele pode não ser o melhor técnico do planeta mas tem qualidade e não é somente motivação. Enquanto o Profexô recebeu vários reforços e um elenco qualificado, Portaluppi teve que se virar com jogadores de médio pra baixo, sem contar que perdeu alguns de seus principais atletas. Mesmo assim fez um trabalho melhor que o Luxa, inclusive no brasileirão. A libertadores era impossível vencermos tendo como opções Lins, Viçosa, Gilson, etc. Só mesmo sendo mágico (e olha lá). E arrisco dizer mais, desde o primeiro turno do brasileirão de 2008, onde fomos vice campeões com Juarez Roth, o único time do Grêmio confiável e com esquema tático bem definido foi o do segundo turno do brasileiro de 2010. E neste período tivemos no comando "grandes especialistas em tática" como Paulo Autuori e Vanderlei Luxemburgo, sendo assim, o "somente motivador" Renato, me serve.



Além disso, atualmente não vejo opção melhor disponível no mercado. Sem contar que somente São Portaluppi pra provocar todo esse tumulto na torcida tricolor (e nos amargos também). Se apoiamos Vanderlei Luxemburgo, com Renato vamos torcer sempre borrachos porquê o tele-entulho já foi chamado. No rádio vai tocar o velho rock and roll e vamos lembrar dele, o homem gol. E não adianta espernear, morango, nada mais apaga essa história, Grêmio Imortal, macaco chora. 



Depois de toda essa moral, a bola tá contigo Renato, não me decepciona e nos ponha novamente no caminho dos títulos. 



Ah, faltou falar sobre a Carol, mas vou deixar passar pois ela pode ser nossa meia irmã.

Tem certeza que Carol Portaluppi não é tua meia irmã?


terça-feira, 16 de abril de 2013

A tabela não revida!


Pra quem não sabe, a globo.com disponibiliza um simulador da tabela da libertadores e ontem à noite resolvi dar meus pitacos. Em minha simulação, o Grêmio terminaria campeão com a seguinte caminhada:

Quinta vence o Huachipato e termina a fase de grupos em segundo lugar, já que o Fluminense também vencerá o Caracas. Nas oitavas enfrentaremos o Libertad do Paraguai, primeiro jogo em casa, segundo fora e tricolor classificado. Quartas de final será contra o Santa Fé da Colômbia, novamente decidindo na casa do adversário e novamente com o Imortal classificando. Na semi derrotaremos o Nacional do Uruguai, quem sabe com excursão para o segundo jogo no país vizinho. A grande final será contra o Corinthians, duas batalhas épicas e título em São Paulo.

Logo após terminar meus palpites recebi uma ligação, era Chong Li, personagem do filme "O Grande dragão Branco". Atendi o telefone e Chong Li disse: "Muito bom Cuia, mas tabela não revida."




Chong Li: "Tijolo não revida."