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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Diário de bordo - Grêmio 2 x 0 Santos

28.08.13, quarta feira, com o médio canário belga enfermo, às 18:30 partimos rumo à arena com seu substituto, o cardeal, lotado. A diversidade alcoólica era grande: cachaça, vinho, vodka e vários rótulos de cerveja. Devido a isto, o clima na disputa pelo controle do canário (cardeal) poderia esquentar. 

Seu Ernani, chefe da facção da frente, não estava presente, porém, Noi, seu braço direito e fiel escudeiro, comandava as ações do grupo e informava a seu líder, via celular, todos os passos de Valandro, o comandante da facção do fundo.

Em Arroio do Meio foram recolhidos quatro novos integrantes da viagem e, a partir daí, o sangue já tomado pelo álcool acabou fazendo o efeito contrário ao que todos esperavam. Ao invés de acirrar os ânimos, acabou espantando a tensão presente no ar.

Com aproximadamente metade do trajeto percorrido fizemos uma parada para reabastecimento e ida ao banheiro. Na retomada, em menos de dez minutos, um membro da facção do fundo suplicava por novo pit stop, pois não estava aguentando. Seu desejo foi atendido e ele rapidamente apelidado de bexiga de grilo.

Após a pausa, para alegria do bexiga de grilo, seguimos sem mais transtornos até a casa do imortal. No desembarque do cardeal um acidente de percurso. Um dos tripulantes acabou por se desequilibrar e derrubar seu copo de vinho sobre dois outros passageiros. Nada que uma vitoria tricolor não pudesse transformar o acontecido em motivo de gargalhadas para os atingidos.

O JOGO:

O Grêmio havia perdido a partida de ida por 1x0, por isso precisava vencer por dois ou mais gols de diferença para avançar às quartas de final da Copa do Brasil 2013. Em campo, o tricolor logo partiu pra cima tentando o abafa. Aos poucos o ímpeto inicial foi diminuindo e, apesar do domínio, chances claras para marcar praticamente não eram criadas. A necessidade da vitoria acabava fazendo com que o imortal desse espaços para o contra ataque santista. Em um destes lances os paulistas abriram o placar, no entanto, o gol foi corretamente anulado pois o atacante estava impedido. O primeiro tempo terminou então 0x0, com um Bressan, na minha opinião, abaixo dos demais companheiros e um Ramiro não repetindo as boas atuações anteriores. Apesar de, no início, o volante ter dado um belo chute da intermediária, estava sendo desarmado com frequência e errava muitos passes.

O segundo tempo começou com a equipe tricolor somente dando balão, porém, aos 9 minutos, na primeira vez que a bola saiu de trás pelo chão, Souza tocou para Barcos, o Pirata tirou o zagueiro da jogada com o corpo, invadiu a área e cruzou rasteiro para o próprio Souza, que acompanhou a jogada e chegou para concluir. O Grêmio fazia 1x0, resultado que levava a decisão para os pênaltis

Após o gol, o tricolor continuava dominando mas ainda sem criar oportunidades reais. Enquanto isso, o Santos ameaçava somente em erros da zaga gremista. Renato então trocou Riveros por Maxi, o uruguaio entrou com bastante disposição mas errando muitos passes. Quando parecia que a vaga seria realmente decidida nas penalidades, aos 42 minutos, o tão criticado Pará fez ótima jogada pela direita, tabelou com Maxi Rodriguez e cruzou para Werley, com impressionante sangue frio o zagueiro dominou e tocou para fazer 2x0 garantindo a classificação. Neste momento a torcida explodiu e homenageou nosso lateral direito cantando aquela música feita exclusivamente pra ele:

"Vamos, vamos tricolor
 hoje eu vim te apoiar
 PARÁ te ver campeão
 PARÁ te ver ganhar".

Terminado o jogo, passamos em um dos bares no entorno da arena e com o dinheiro que sobrou da viagem compramos todo o estoque de chopp Kalena (aquele feito com água de esgoto, segundo o Pelego). Retornamos então para casa com muita alegria e animação por mais uma jornada pé quente, porém, sabedores de que o canário (cardeal) ainda é território de ninguém e com a certeza de que teremos novas batalhas na busca pelo poder, entre as duas facções. 

Valandro (ao centro de preto) sendo observado por Noi  (primeiro da dir. para esq. ao fundo)

Noi (ao fundo),  provavelmente chamando alguns comparsas para tentar algo.


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Diário de bordo - Grêmio 3 x 1 Cruzeiro!

Quarta feira, 14.08.13, temperatura siberiana em Encantado mas mesmo assim 15 guerreiros lotaram o pequeno canário belga e por volta das 18:45 partiram rumo à Arena munidos de: 2 litros de vinho bordô (safra 83), 2 litros de vinho cabernet (safra 95), 600 ml de cachaça de alambique e algumas cervejas.

Viagem tranquila, mesmo com alguns derramamentos do precioso liquido que faz bem ao coração, e chegada no estádio por volta das 21:00. 

Em campo o que se via era um primeiro tempo com o Grêmio sendo envolvido no meio campo e ineficiente no ataque, abusando da ligação direta. O resultado disso foi um penalti pro Cruzeiro e a sensação de que GANHARÍAMOS MAIS UMA DERROTA em casa. No entanto, Dida, famoso por defender penalidades mas que ainda não havia confirmado essa qualidade desde que chegou ao clube evitou o gol cruzeirense, para delírio da torcida e principalmente de Pablo Santana. Logo após, Souza, da equipe mineira, levou o segundo cartão amarelo e foi justamente expulso, deixando o tricolor com um a mais para o segundo tempo.

Na volta do intervalo Portaluppi não fez alterações mas adiantou a marcação. O adversário quase não ameaçava mas o Grêmio também não conseguia criar muito. Maxi Rodriguez estava afoito, queria dar sequencia rapidamente nas jogadas e errava demais, por isso Maxi, escute agora um conselho de quem entende do riscado: "quando entrar em campo nervoso, nas primeiras 3 ou 4 vezes que pegar na bola, domina e toca, faz o simples. Acertando estes lances tu vai pegando confiança pra crescer na partida Ao arriscar um lance mais complicado logo de cara a probabilidade de errar aumenta, então no segundo toque já vem aquela obrigação do acerto, se não conseguir, começam os murmúrios na arquibancada e tudo vai se tornando mais difícil." (Obrigado pela atenção, Maxi). 

Continuando...

Renato então trocou Bressan por G. Biteco, o time ganhou em velocidade e logo Werley fez 1x0. Antes mesmo do Cruzeiro se recuperar do golpe, Barcos ampliou num belo gol, 2x0. Aqui abro um parenteses para dar minha opinião sobre o pirata: "Apesar de já ter perdido a paciência com ele, o considero um bom jogador tecnicamente. O fato de estar apanhando da bola ultimamente, vem da falta de confiança e talvez do fraco preparo físico. Um exemplo de que ele não é a vaca atolado que parece, foi pouco antes do terceiro gol. A zaga do Grêmio afastou a bola com um bago, Barcos dominou a redonda com uma habilidade que somente jogadores com qualidade conseguem, enfim, depois da atuação de ontem minha paciência com o pirata ganhou mais um pouco de fôlego e agora acredito que ele deslancha". 

Com o placar adverso os mineiros resolveram se arriscar ao ataque. Em uma cobrança de falta, onde a bola desviou, veio o gol, 2x1. Portaluppi então trocou Maxi por M. Biteco, sou fã assumido desse piá, pra mim é a melhor promessa da base do Grêmio e o treinador tem que arrumar um lugar pra ele no time, nem que seja na ala direita no lugar do Pará. 

Depois, em nova cobrança de falta, dessa vez a favor do tricolor, Alex Telles deu uma de Elano contra o fluminense e bateu por baixo da barreira, o goleiro soltou e Kléber conferiu pro gol fazendo o 3x1 definitivo.

Apesar da vitoria o time não fez um grande jogo e estava com dificuldades no 11 contra 11. Novamente melhoramos no segundo tempo mas, mesmo vendo avanços, a equipe ainda não me passa confiança, porém, se continuar não me passando confiança e conseguindo os 3 pontos, me serve.

Após o jogo pegamos o caminho de volta pra Encantado. No meio do trajeto os guerreiros adormeceram dentro do pequeno canário, todos muito cansados mas com a sensação de dever cumprido por terem ido apoiar o tricolor em mais uma fria noite gaúcha.   

Guerreiros do pequeno canário belga

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Diário de bordo - Grêmio 1 x 1 inter!

Domingo 04.08.13 - primeiro Grenal da história da Arena do Grêmio. 

A saída de Encantado estava marcada para às 11:45, pessoal de Vespasiano Corrêa sempre pontual, representante de Arvorezinha, idem e, acreditem, habitantes de Dr. Ricardo surpreendentemente também no horário certo. 12:00 e o canário belga partiu rumo a Porto Alegre com sua lotação máxima ultrapassada em 3 passageiros. No interior do ônibus muita animação e uma enorme diversidade de marcas de cerveja. Após uma viagem sem maiores percalços chegamos ao estádio por volta das 14:00. Antes de entrarmos ainda houve tempo para degustarmos mais alguns rótulos ausentes na condução.

Dentro do estádio, no setor da geral, a única confusão foi entre um, deduzo eu, halterofilista cujos braços pareciam duas jiboias e um torcedor com a calça no meio da bunda que deixava a mostra uma cueca rasgada e que tinha como maior dificuldade manter-se em pé devido ao alto teor alcoólico em seu sangue. Desentendimento apaziguado pela própria torcida tricolor e nos concentramos então na partida.

Quando foi anunciada a escalação com 3 zagueiros creio que não teve torcedor gremista que não sentiu um arrepio da ponta do cabelo até o minguinho do pé, isso porquê, pelo que me lembro, a última (e talvez única) vez que o esquema com 3 defensores deu certo no Imortal foi no título da Copa do Brasil de 2001 com o Tite. No entanto, com o jogo em andamento o que se viu foi um Grêmio com a marcação encaixada, não dando espaços (exceto uma única vez que resultou no gol de empate) e com maior volume de jogo, mesmo que as oportunidades para marcar tenham sido escassas. Avaliando alguns jogadores achei que o Rodolpho fez boa estreia, Alex Telles também foi bem, aliás, ele tem sido o jogador mais regular do time, Riveros marca e se apresenta bem pro jogo, algo que o Adriano não faz, Elano parece jogar com uma mochila com 10kg de cascalho de rio nas costas e Kléber foi o melhor do time, porém, essa atuação do Gladiador é o máximo que podemos esperar dele e pra pensarmos em título precisamos de mais que isso. No segundo tempo Maxi Rodrigues entrou dando ao time algo que nos falta: velocidade e jogadas mais agudas na vertical, não somente toques laterais. Paulinho (de Guaporé) também mostrou muita rapidez e não teve medo de agredir a marcação, acho que a aposta do São Portaluppi nele é justamente por isso, já que temos um time lento e previsível. Enfim, se era pra ter um vencedor teria que ser o Grêmio.

O árbitro Fabrício Neves Correa foi um fracasso. Os amargos reclamam da não expulsão do Adriano, eu concordo, porém do lado deles é só. Em contrapartida, antes disso o Willians Saltador deveria ter levado vermelho na hora do pênalti ou então mais tarde por ter agredido o Paulinho. O D'alessandro Garnizé também merecia ter ido pra rua por fazer gestos pra torcida insinuando roubo, tudo visto pelo bandeira e comunicado ao árbitro que foi um cagalhão e não fez nada, como bem testemunhou e relatou o Ducker e como mostram as imagens.

                                                   Relato do Ducker sobre a covardia do árbitro

                                                         Garnizé tendo um xilique costumeiro

Além disso, Leandro Reclamão (jogador de 12 trilhões de euros) era outro que merecia ter ido pro chuveiro mais cedo por ter dado quatro empurrões no Rodolpho no lance da expulsão do Werley (o minuto 6 do vídeo abaixo mostra isso claramente), era pra ter ali recebido o segundo amarelo e consequentemente o vermelho.

Leandro Reclamão mais uma vez sendo protegido     

Terminado o jogo saímos da Arena um tanto decepcionados com resultado e tendo as tripas maiores comendo as menores. Então, logo na descida da rampa já degustamos um churrasquinho de gato por R$5,00. Preço salgado, assim como a carne. Mais adiante compramos alguns chopp's Kalena (3 por R$10,00), marca que ainda não havíamos saboreado no dia e que segundo o Pelêgo, "era feito com água de esgoto". Quase no estacionamento, mais churrasquinhos, desta vez 2 por R$5,00, talvez pela distância do estádio o valor destes estava depreciado.

No ônibus todos prontos para a volta, porém, a boa impressão passada pelo pessoal de Dr. Ricardo na saída não se confirmou no retorno, foram os únicos a se atrasarem o que gerou uma certa irritação na velha guarda liderados por Seu Ernani.

Durante o trajeto notou-se que a cerveja estava acabando sendo necessário uma parada logo no inicio da Tabaí para reabastecimento. Mais um fato que desencadeou um princípio de conflito entre o pessoal da frente contra o pessoal do fundo. Ali era nítida a formação de duas facções dentro do canário belga, uma liderada por Seu Ernani e outra por Cristiano Valandro. Este relator que vos escreve ficou num fogo cruzado mas felizmente nada de mais grave aconteceu e o resto da viagem se desenrolou com muita alegria, reflexo dos emocionantes causos de vida narrados pelo chefe da facção do fundo, Valandro Forest Gump, que originaram várias e várias e várias e várias repetições por parte do Pelêgo, de seus famosos bordões: "Tá loooooco", "não da maaaaaais", "ninguém ganha".